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CBT: Herbário.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fonte:
- Recomendado por internautas;
- Lista de discussões;
- Sites de Botânica e Xamanismo.

Quem Somos

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Ervas de Poder e Religião.

 

As ervas de poder são usadas em contexto religioso devido à forma como foram sendo estabelecidas as medidas proibicionistas originalmente direccionadas para o ópio, as ervas de poder normalmente usadas nas cerimónias de culto são geralmente classificadas como estupefacientes. Contudo poucas destas ervas de poder são verdadeiros estupefacientes, entendidos no sentido de serem entorpecentes ou provocarem sono. Elas são chamadas de psicotrópicos quando produzem mudanças na percepção, ou enteogénicos quando essas mudanças fazem surgir um forte sentimento religioso. Uma substância alucinógena pode conduzir a experiências que se assemelham a psicoses e nesse caso é chamada de psicomimética; enquanto noutras circunstâncias pode causar uma experiência mística.
Enquanto que a maioria das ervas de poder tendem a estimular em vez de entorpecerem a mente, alguns dos verdadeiros estupefacientes, como álcool e ópio, estimulam e entorpecem a mente em diferentes fases do seu efeito físico. A maioria das ervas de poder de uso religioso provêm de plantas, se bem que os cultos ocidentais formados mais recentemente fizeram uso dos princípios ativos de ervas de poder naturais em forma sintética e de análogos sintéticos de combinações que ocorrem naturalmente.
Das mais de 100 plantas conhecidas por terem propriedades que interferem com a mente, mais as que são descobertas todos os anos, apenas aqui se faz referencia a algumas das principais ervas de poder usados por cultos. Embora estas ervas de poder tenham uma composição bastante variada, os seus efeitos tendem a ser semelhantes. Fatores como: a personalidade, o estado de espírito, expectativa do indivíduo, o contexto, a natureza dos que dirigem, e a interpretação da experiência, podem ter um efeito mais significativo na experiência do que as propriedades específicas da substância. Se bem que esse uso não seja tão comum hoje, em alguns períodos da história, substâncias comuns como o álcool, o tabaco, o café, e o chá foram utilizados em cultos religiosos.

Cogumelos e seus derivados

Alguns índios da América Latina, especialmente na região de Oaxaca no México meridional, praticantes de cultos farmacológicos, utilizam alguns cogumelos nas suas práticas religiosas.
A principal espécie é a Psilocibe mexicana, da qual o principio ativo é a psilocibina e o seu derivado psilocina, não diferem na sua composição química e atividade do LSD (ácido lisérgico dietilamida); mas sendo este ultimo sintetizado a partir de alcalóides (principalmente ergotamina e ergonovina) que são constituintes do morrão, presente em cereais afetados pela doença chamada ferrugem. O cogumelo vermelho e branco que costuma aparecer nas ilustrações dos contos de fadas, o Amanita muscaria (cogumelo agarico) é outro cogumelo que tem propriedades enteogéneas que não foram completamente estudadas. Este cogumelo pode ser extremamente importante, já que pode ter sido a fonte natural da bebida ritual dos antigos hindus conhecida por soma comparada à haoma utilizada pelos zoroasterianos (ver história do uso de ervas de poder na religião.) Sobre o cogumelo agárico, que é extremamente tóxico têm sido referidas, para além das suas propriedades alucinógenas, a capacidade para aumentar força e resistência; e também que é um soporífero.

Cactos e seus derivados

Outras plantas com propriedades um pouco semelhantes foram descobertas pelos Índios de México. Os topos do cacto peiote, Williamsii Lophophora, podem ser secados para formar os chamados botões de mescal (para ser distinguido do feijão de mescal, outra planta que se encontra na mesma região também expansora da mente mas altamente venenosa), que são ingeridos por grupos de índios distribuídos pelo México, Estados Unidos, e Canadá durante cerimônias noturnas que foram descritas e estudadas por vários antropólogos. O principal princípio ativo do peiote termo com origem na palavra Nahuatl peyotl ("mensageiro divino"), é um alcalóide chamado mescalina. Como a psilocina e psilocibina, a mescalina é referida como produtora de visões e outras experiências de natureza mística. Apesar das afirmações dos missionários e de alguns agentes governamentais segundo os quais o peiote, é uma droga degenerativa e perigosa, parece não existir nenhuma evidência disso entre os membros da Igreja Nativa Americana, um culto de índio norte americano que usa o peiote na sua cerimônia religiosa principal. O peiote, como a maioria das outras ervas de poder, não é considerado viciante, e longe de ter uma influência destrutiva, é referido pelos praticantes do culto e por alguns observadores como promotor da moralidade e comportamento ético entre os índios que o usam ritualmente.

Outras substancias enteogêneas

Os missionários espanhóis no México durante os século XVI descreveram, principalmente de forma pejorativa, uma outra substância enteogénica, chamada pelos índios de Ololiuqui e altamente venerada. O Ololiuqui foi identificado como sendo as sementes de "morning glory", Rivea Corymbosa (também chamada de Turbina corymbosa; o nome também veio ser aplicado a outra "morning glory", Ipomoea tricolor (também chamda de. I. rubrocaerulea or I. violacea). Já que os princípios ativos são os alcalóides D-lisérgico e ácidos de D-isolisérgico, as suas propriedades são bastante parecidas com as do LSD, produzindo visões e experiências místicas.
Durante uma das suas viagem às Índias Ocidentais Cristóvão Colombo descreveu o cerimonial de inalação de um pó. A variedade principal dos variados tipos existentes, foi chamada yopo, paricá, ou cohoba, um alucinógeno poderoso derivado de partes da árvore designada por Piptadenia peregrina.

Outra substância utilizada na América do Sul, especialmente na bacia amazônica, é uma bebida chamada ayahuasca, caapi, ou yajé.. Entre outras propriedades os Índios que a usam afirmam que nas suas virtudes se incluem poderes curativos e o poder para induzir clarividência. Existem investigadores que confirmaram que esta bebida produz efeitos notáveis, envolvendo frequentemente a sensação de vôo. Pensa-se que os efeitos são produzidos por ação de harmina que é o princípio ativo na planta.
A bebida designada por Kava, preparada a partir das raízes de Piper methysticum, uma espécie de pimenta é usado social e ritualmente no Pacífico sul, especialmente em Polinésia.
A Iboga, ou ibogaine, um estimulante poderoso e enteogéneo derivado da raiz do arbusto africano Tabernanthe iboga, é usado na África central pelo culto de Bwiti.
A Coca, fonte natural da cocaína, foi utilizada social e ritualmente principalmente no Peru.
A Datura, uma espécie á qual pertence a "jimsonweed", e cujo principio ativo é altamente tóxico e perigoso, é usada pelos povos nativos da América do Sul e do Norte. No Brasil oriental é usada ritualmente, na cerimônia de "ajuca" do culto de Jurema, uma bebida preparada a partir do arbusto Mimosa hostilisque que é referida como produtora de visões gloriosas nos guerreiros que a tomam antes de batalha.
O álcool (vinho) é usado num dos principais sacramentos do cristianismo onde é usado na canibalização simbólica do seu líder espiritual.

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