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CBT: Herbário.

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Ervas de Poder.

Muitas culturas antigas adotavam o uso de beberagens e plantas mágicas. Para esses povos o uso das plantas era sagrado, pois acreditavam que através da ingestão de ervas enteogêneas poderiam entrar em contato com os Deuses e com os Espíritos Ancestrais. Os rituais eram também um fator de integração coletiva e de evolução espiritual. Ingerindo as plantas de poder, os antigos acreditavam que podiam receber ou absorver o espírito da planta e, em transe, tinham experiências espirituais e vivenciavam fenômenos paranormais, tais como a telepatia, a regressão a vidas passadas, contatos com os espíritos dos seus antepassados, presciência e visão à distância. Vários relatos apontam que feiticeiros e xamãs realizavam esses rituais com essas ervas para descobrir tipos e origens de moléstias e assim poder saber como tratá-la.


Ayahusca ou Yagé

Ayahuasca ou Yagé (nome Tupi que se pronuncia Ya-hay) é uma beberagem de origem Inca. Também é muito conhecida e utilizada pelos índios e xamãs do noroeste do Brasil. Várias tribos indígenas brasileiras como os Kampas e os Kaxinawás usam até hoje a Ayahuasca em muitos de seus rituais sagrados.Atualmente a Ayahuasca já não é domínio exclusivo dos índios e o uso da bebida é muito difundido em seitas religiosas cristãs e espiritualistas. No início do século, com a migração de seringueiros para o território amazônico, a Ayahuasca começou a ser conhecida fora das tribos e hoje o seu uso é liberado no Brasil (oficialmente desde 2 de junho de 1992), embora muitos setores conservadores da sociedade tenham resistido e pressionado o Conselho Federal de Entorpecentes (CONFEN) a proibir a existência das seitas religiosas que utilizavam o chá de Ayahusca, também conhecido no Brasil como Santo Daime. O Chá do Santo Daime é preparado do cipó do Jagube ou Mariri (Banisteriopsis caapi) e da folha da Rainha ou Chacrona (Psycotria viridis) - naturais da região amazônica.


A verdadeira Ayahuasca sempre contém, ambos os alcalóides harmine e harmaline que podem criar alucinações a partir de doses de 300 mg e que geralmente são obtidos do cipó Banisteriopsis caapi.
A Ayhuasca ainda contém a DMT ou N-dimetill-triptamina que é a substância ativa extraída das folhas Chacrona (Psycotria viridis). Devemos notar que nenhuma dessas duas substancias, essenciais para o preparo da Ayhuasca, são psicoativas se ingeridas isoladamente.
O que faz a Ayahuasca efetiva é a mistura dos alcalóides, harmine e harmaline, encontrados no cipó Banisteriopsis Caapi e a DMT que é extraída das folhas da Chacrona. É essa mistura da DMT com os alcalóides harmine e harmaline que produzirão o que tem sido descrito como uma das mais profundas de todas as experiências psicodélicas.
Os alcalóides harmine e harmaline contém beta-carbolinas, substâncias que são potentes inibidores da MAO (monoamino-oxidase) e que ativam e aumentam a duração e a intensidade de os efeitos da DMT. Logo o DMT é o principio ativo enteógeno da Ayahuasca. Na realidade o DMT é um neurotransmissor, que também é normalmente encontrado no cérebro humano.

São Pedro ou Wachuma

Cactos de São Pedro Estima-se que o cacto de San Pedro (Trichocereus pachanoi & peruvianus) venha sendo usado pelos nativos americanos há muitos séculos em especial pelos índios do Peru, da Venezuelana e também pelos Yanomames do Brasil (cujas terras fazem fronteira com a Venezuela). Também conhecido como "O cactos dos 4 Ventos",San Pedro tem um formato de coluna com quatro gomos e era utilizado em práticas rituais similares a tradição dos índios mexicanos que consumiam o Peyote.

A finalidade da ingestão era a mesma: o contato com os deuses e as visões mágicas proporcionadas pela a ingestão da Mescalina.




Ipadu ou Patu

Ipadu ou Patu é o nome dado pelos nativos brasileiros à Coca (Erythroxylum coca). Existem três tipos diferentes de Ipadu: Ipadu de Peixe, Ipadu de Pau, e Ipadu Abiú, e se distinguem pelo sabor e aroma. A mais forte é Abiú. O consumo do Ipadu, pelos índios é uma tradição cultural seguida até os dias de hoje embora já tenha perdido muito de seu caráter religioso. Originalmente era utilizada pelos Incas devido às suas propriedades estimulantes, mas somente a casta religiosa e os nobres tinham esse privilégio.

Com a chegada dos espanhóis o consumo se estendeu por toda a zona dos Andes porque a coca diminuía o apetite e aumentava o rendimento de trabalho dos índios. Desta maneira, a coca foi perdendo seu caráter religiosos e mágico. Os índios sempre cultivaram pequenas roças de Ipadu para o consumo próprio. Diariamente colhiam as folhas e as secavam em uma espécie de forno, depois as maceravam e o pó resultante era misturado com cinzas de folhas secas de Embaúba (Cecropria sp.) pulverizadas.
O produto final era tomado oralmente depois de misturado com algum tipo de bebida liquida. O ritual dos índios Hupda, por exemplo, consistia em tomar a poção antes de se reunirem no que eles chamavam de "roda dos homens", quando a beberagem começava a surtir efeito os índios iniciavam as discussões do dia sobre os problemas da tribo e esperavam poder solucioná-los com a ajuda dos espíritos que invocavam através da ingestão do Ipadu. Podemos observar claramente que o Ipadu tinha também, e ainda tem, um importante papel na socialização. Estima-se que existem mais de 200 espécimes de Erythroxylum Coca e que apenas 17 delas podem ser usadas para produzir cocaína. Quinze desses 17 tipos contém muito baixos níveis do alcalóide ativo, a cocaína, e são cultivados na América do Sul, ao norte da Colômbia, na Bolívia e no Peru, e no Brasil.

Jurema ou Mimosa

A Jurema (Mimosa hostilis), também conhecida como "Jurema-preta" é uma planta nativa das regiões semi-áridas do Brasil. É uma árvore que chega a ter de 4 à 6 metros de altura, tronco ereto, castanho-vermelhada,com presença de espinhos curtos.
Algumas tribos indígenas brasileiras (especialmente as tribos do interior da Bahia, Pernambuco e Paraíba, isto é, do Sertão brasileiro) tem usado a Jurema em seus rituais sagrados. Eles bebem uma poção feita com as raízes da Jurema, cujo principio ativo é o DMT, e essa bebida é preparada com aguardente (um destilado feito de cana de açúcar) e alho.
Os índios se reúnem sentam em torno da Jurema e depois de ingerir a bebida entram em "transe", um estado alterado da consciência. Os nativos acreditam que ao entrarem em "transe" a via para a comunicação com os deuses que lhes transmitirão a magia da cura e as respostas para todos os seus questionamentos, serão abertos.


Peyote

O Peyote (Lophophora Williamsii), também conhecido como peyotl e jículi, é um cacto de forma esférica e de raiz longa e cônica. É comumente encontrado nos altiplanos do México e também nos Estados Unidos.
Esse cacto era usado tradicionalmente nos rituais religiosos dos índios mexicanos e seu consumo estava intimamente relacionado às praticas religiosas. Diz-se que os primeiros a usarem o Peyote foram os índios Huicholes e os Tarahumaras que, assim como algumas outras tribos mexicanas, o elevaram a categoria de Deus nomeando-o de "Jículi". O mais antigo pedaço de Peyote seco foi encontrado no Texas e foi datado como tendo aproximadamente 7000 anos. Posteriormente, a pratica da ingestão do Peyote foi difundida entre os índios das planícies norte americanas. O cacto era comido seco ou ingerido como chá.


A substância ativa do Peyote é a Mescalina que possui propriedades enteogêneas, produz uma grande sensação de alegria e também aplaca a fome e a sede. Seus principais efeitos são: a liberação da ansiedade e uma sensação de unidade com o "todo" e com o próximo. O consumo do Peyote nos rituais sagrados permitia que os índios "contemplassem o outro mundo" e que entrassem em contato com os seres divinos ou com os ancestrais. Eles tinham visões sobre seus questionamentos e as respostas para os mesmos.
Os índios ainda acreditavam que o Peyote era uma dádiva do criador, uma via de comunicação direta com o "Grande Espírito". Chacrona ou Rainha.


Há absorção se as folhas estiverem primeiro emulsificadas. Os índios preparam Salvia divinorum pegando pares de folhas e rolando-as numa vasilha , em que eles chupam e mascam, ou fazendo uma infusão em água agitando bastante para produzir uma espuma. Eles dizem que a força do preparado depende da consistência da espuma. Presumivelmente, esta é uma emulsão que converte a salvinorina A em uma forma absorvível.


Salvia Divinorum

Nos anos 70, muitos investigadores mexicanos trabalharam com a Salvia divinorum, e também não puderam encontrar nada de significante nela. Através dos anos, cresceu a idéia de que se a planta tivesse alguma psicoatividade, deveria ser numa potência muito baixa, e conter algo muito instável.Como está se revelando, estas suposições estavam erradas. Só recentemente que os constituintes responsáveis foram corretamente identificados, e eles revelam-se extremamente potentes, poderosos e também incomuns. O componente ativo principal é o salvinorina A . É um diterpeno, sem nitrogênio. Quase a maioria dos enteógenos contem ao menos um átomo de nitrogênio. Os compostos da Kava Kava (Piper methysticum) do Pacífico são não-nitrogenados, como o THC da marijuana, mas não há exceções entre os enteogéneos verdadeiros. Todos estes são alcalóides, que, por definição contem nitrogênio.
A salvinorina A tem uma estrutura química completamente diferente. É também completamente insolúvel em água. Logo, um problema que adiou sua descoberta é que se você simplesmente administrar as folhas da planta oralmente, pode não haver absorção dos componentes ativos e portanto não haverá psicoatividade.



Datura

O gênero Datura é constituído por cerca de nove espécies de plantas anuais ou perenes de vida curta. Sua taxonomia é complexa e difícil. É comum dividir-se o gênero em 4 seções: Brugmansia, Stramonium, Dutra e Ceratocaulis.


Muitas discussões tem havido sobre esse e outros critérios. Hoje está havendo aceitação pelos especialistas, de que se deve separar ao menos Brugmansia, transformando-a em um gênero distinto, restando oito espécies para o gênero Datura.

Syrian Rue ou Peganum harmala

Conhecida desde a antigüidade, a Syrian Rue pertence a família dos Zygophyllaceae. Embora seja nativa da Ásia Central e Síria, também é encontrada na Europa e África, Ásia Menor e Tibete. Possui sementes marrons e amargas que contém beta-carbolinas de idêntico valor as encontradas nos cipós de Banisteriopsis Caapi. A Syrian Rue era empregada na medicina popular pelos turcos e persas. Os egípcios a usavam para preparam o que chamavam de "Poções do Amor. Alguns estudiosos afirmam que a Peganum Harmala é a "Haoma" ou "Soma" dos antigos persas e dos Hindus.



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Fonte:
- Recomendado por internautas;
- Lista de discussões;
- Sites de Botânica e Xamanismo.

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